O Ensino das Artes
As
Artes como mencionado anteriormente, existem desde que existe a humanidade, é
um modo de expressão e comunicação, por isto torna-se imprescindível sua utilização,
seu ensino dentro do ambiente escolar. Segundo Brasil (1997, p. 15) :
O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno
tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a
arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é
preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que
criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental
para aprender.
Deste
modo, faz-se necessário que os educadores de artes, levem seus alunos a
vivenciar, compreender e produzir dentro das diversas linguagens da arte. Tais
estudos devem ser encaminhados a partir dos conhecimentos prévios do aluno,
passando pelo conhecimento artístico, visando à construção da aprendizagens, e
a construção de um ser humano atuante e crítico.
Uma das grandes
funções da arte numa época de imenso poder mecânico é de mostrar que existem
decisões livres, que o homem é capaz de criar as situações de que precisa, as
situações para as quais se inclina sua vontade (Fischer 1976, p.231).
Assim
sendo, os arte-educadores hoje mais comprometidos entendem que precisam
trabalhar uma arte na escola que possibilite aos seus alunos o vivenciar e
compreender as linguagens da arte a partir da experiência de fazer formas
artísticas e tudo que entra em jogo no percurso criador; valorizando os
recursos pessoais, a pesquisa de materiais e técnicas, possibilitando um
trabalho centrado na percepção, na imaginação e na reflexão.
Para
direcionar o ensino, surge a proposta triangular para o ensino das Artes, a
qual engloba vários pontos do ensino e da aprendizagem ao mesmo tempo, passando
por uma tríplice sequencia de atuação frente a uma expressão artística.
A leitura da Arte
O primeiro passo
para o aluno se inserir na arte é a leitura da arte, onde o aluno é levado a
apreciar a obra, através da sua própria sensibilidade, trocando experiência
sobre a sua percepção, sobre da arte em
questão, muitas vezes relacionando com o conteúdo abordado, ou mesmo
suas experiências particulares em relação ao tema.
Esta apreciação
permite o desenvolvimento do senso crítico do aluno, principalmente se a
apreciação for feita a partir da realidade na qual o aluno está inserido, deste
modo o professor pode tornar aquela obra expressiva ao aluno, o que irá lhe
despertar o interesse pela mesma. Em resumo a leitura da arte ela deve passar pela
visualização, análise e julgamento da obra para que atinja o objetivo almejado.
Contextualização
A
contextualização consiste em compreender a arte segundo o seu contexto
histórico e social. Não deve se resumir como mero retrocesso a fatos do passado,
mas um processo contínuo, de um registro em dado momento histórico, a partir
dos sentimentos e visões do artista diante dos fatos ocorridos que envolveram a
obra.
Ao conhecer a
história da obra, o aluno poderá através das relações estabelecidas exercer sua
criticidade, e intervir na produção de modo a reinventar sua própria obra a
partir da sua visão.
Por este motivo,
torna-se tão importante que o aluno se relacione com artes de diversas épocas e
estilos, conhecendo seu contexto histórico, social e cultural, para que possa
construir um conhecimento teórico-prático sobre o assunto.
A educação tem
por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da
espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das
semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta
(Delors 2000, p.97).
A Prática Artística
É
a partir do fazer artístico que o aluno se habilita a desenvolver-se em seu
próprio processo de criação. Este processo deve ultrapassar a cópia, imitação
de modelos, privilegiando o desenvolvimento criativo do aluno. Nesta criação o
aluno deve ser estimulado a dar vazão a sua expressão baseada na sua percepção,
fantasia e imaginação, nas mais diversas linguagens artísticas.
O
fazer artístico corresponde a interpretação do aluno acerca da obra, suas
percepções e o contexto no qual a obra está inserida, por isto torna-se tão
importante que o processo seja concluído com a produção do aluno.
O
processo deste tripé precisa que suas fases sejam interlaçadas, não vendo separar cada fase e muito menos
distanciá-las, uma vez que estão interligadas. O processo de estudar e fazer
arte devem ser planejadas de modo a desenvolver a aprendizagem, por meio da
cognição, da sensibilidade, da compreensão e da apreciação, pois segundo
Fischer (1976, p.254):
Numa sociedade
verdadeira humana, porém, as molas da faculdade de criar terão um poder
impulsionador muito, muito maior. A experiência artística já não será um
privilégio e sim o dom normal de homens livres e ativos; chegaremos a uma como
que .genealidade social.
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