ENSINO TRADICIONAL

Em contrapartida, nos deparamos com o ensino tradicional em sala de aula, onde este está basicamente pautado na leitura e interpretação; muitos são os professores que se enganam ao dizer: “Meu aluno estuda história”. Isto não corresponde a verdade, o aluno lê textos de conteúdos históricos e faz a interpretação (na melhor das hipóteses) daquilo que aprendeu. O que vem ocorrendo com as demais disciplinas, que nada mais tem do que de textos específicos da área e sua interpretação.
Salvo é claro, aquelas disciplinas que estão diretamente ligadas à matemática, e mesmo nestes casos, para se chegar a uma interpretação matemática é necessário, antes de mais nada, uma interpretação textual, para que se possa compreender a atividade a ser analisada.  Notamos que há uma grande preocupação com o desenvolvimento cognitivo do aluno, mas será que esta seria a única preocupação que estas deveriam ter? Para  Teixeira, apud Dewey (1979, p.12):
A noção corrente da educação pela qual esta não é considerada uma necessidade social, mas identificada simplesmente a uma instrução parcial sobre assuntos remotos, ou antes, a simples aquisição de “letras”. “Letrado” e “iletrado” tornam-se sinônimos de educado e ineducado.
O fraco desempenho escolar dos alunos, nos leva a refletir de que modo os professores estão tratando da relação aluno/livro, uma vez que a formação de leitores funcionais é primordial para a compreensão das mais diversas disciplinas. “O fato é que muitos estudantes são acostumados a ler à maneira suína, mastigando e engolindo o que não desejam. Depois, é claro, vomitam tudo...” (Alves, 2005, p.101)
Nossa realidade atual é aquela em que os alunos passam sua vida escolar inteira a ler e interpretar, dentro de um contexto específico as disciplinas que estudam, sem sequer se expressar de forma eficiente frente o que aprenderam, o que na maioria das vezes não passa sequer pela absorção do conhecimento.

Quase todos os educadores também reconhecem o fracasso do modelo de educação tipo fábrica estabelecido, em que todos os alunos seguem o mesmo currículo da mesma maneira, como uma linha de montagem, e os professores são parte da engrenagem num maciço aparato burocrático (Gardner 1995, p. 73)

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